Durante as duas extensas entrevistas que concedeu neste domingo, em Belo Horizonte, o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB) admitiu, repetidas vezes, a chance de vitória da presidenciável petista Dilma Rousseff no segundo turno. Senador eleito pelo Estado, o tucano chegou a insinuar que pode liderar a oposição caso as urnas confirmem a vitória da candidata do presidente Lula. Aécio propôs, inclusive, uma revisão no seu partido. "O PSDB, qualquer que seja o resultado da eleição, tem que assumir de forma mais clara e explícita seu passado, sua história. Eu, por exemplo, tenho um orgulho enorme do presidente Fernando Henrique", afirmou. (...) "O que precisamos é unir as forças de oposição se perdermos as eleições e nos unirmos no governo, no caso de vencermos. O DEM é um aliado natural, mas temos que ampliar nosso leque de alianças". Mesmo dizendo que não se considera "condutor de nada" neste momento, Aécio Neves já anuncia que irá colocar sua capacidade de relacionamento e bom trânsito entre partidos de vários campos em torno da construção do tal processo de união. Ele também avisou que irá contatar senadores e governadores eleitos já nos próximos dias na intenção de apresentar uma agenda de reformas - como a política - para o Congresso. (...) Com o tom de quem não descarta o papel de protagonismo alocado em uma eventual oposição, ele defendeu que o próximo presidente deva pacificar o Brasil. "O presidente, qualquer que seja o eleito, deve estender a mão e chamar para uma grande convergência nacional aquele grupo que tenha perdido a eleição".
domingo, 31 de outubro de 2010
Aécio admite derrota e prega unidade entre oposições
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