Estou esgotado

O acompanhamento da apuração,ontem, me deixou na lona. Além de trabalhar na Band News com aquela equipe que dá orgulho, elétrica, plural e super profissional, participei rapidamente do aquecimento na rádio Itatiaia e dei várias entrevistas para jornais de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e interior de Minas Gerais.
Confesso que o crescimento de Marina foi uma surpresa (grata surpresa) e me fez errar nos meus prognósticos. Mesmo que no final eu tenha começado a apontar neste blog a possibilidade de segundo turno, no meu íntimo, confesso, não acreditava nesta possibilidade. A vantagem de Dilma era muito expressiva. Houve, de fato, uma onda evangélica.
Uma das marcas foi a eleição de Tiririca, com 1,3 milhão de votos. Não foi surpresa, mas uma marca.
Outra, foi a eleição em primeiro turno de Beto Richa. Ganhou sozinho, até mesmo contra apoiadores de sua campanha, como Álvaro Dias (que declarou voto no seu irmão, Osmar) e Ricardo Barros (candidato a senador na chapa de Richa).
Pelo lado negativo, o segundo turno no Distrito Federal (onde Marina venceu as eleições) e a não eleição de Arthur Virgílio, Tasso Jereissati, Marco Maciel, Cesar Maia, Heloísa Helena.
Mas a derrota mais acachapante foi a do PT mineiro. Pimentel e Patrus, as duas principais figuras que dividem a liderança do partido nestas terras encobertas por montanhas saíram derrotados. Patrus nunca adotou um estilo de disputa pelo partido, o que sempre enfraqueceu seu grupo de apoiadores. Mas Pimentel montou uma estrutura interna. Sua derrota deixa o partido acéfalo. Pode se recuperar numa eventual indicação para o ministério de Dilma (em caso de vitória no segundo turno). Mas entrará, se for o caso, pela porta dos fundos.