Do Estadão:
O clima é tenso na sala em que Getúlio Vargas discursa sobre a revolução que os paulistas tentaram levantar. No espaço ao lado, o papa Pio IX está reunido no Concílio Vaticano I, debatendo temas teológicos. Ao longe, se ouve gritos de "Abaixo o bolchevismo". Tudo isso no mesmo espaço, nas salas de aula de uma faculdade, onde estudantes do ensino médio simulam fatos históricos - uma técnica de ensino e aprendizagem que mistura teatro com realidade.
Também chamados de modelos, esses eventos propõem que o participante - aluno do ensino médio ou universitário - simule situações reais vivenciadas nas mesas de negociações diplomáticas, exercitando habilidades como a oratória, a escrita, a lógica, o trabalho em grupo, a identificação de uma situação-problema e sua resolução. O método, que começou dentro de universidades, ganhou encontros anuais e novos adeptos no ensino médio. Em São Paulo, existem três eventos desse tipo voltados para alunos do ensino médio: o Fórum FAAP, organizado em maio; o São Paulo Model United Nations (SPMun), que teve neste ano sua primeira edição; e a Simulação para o Ensino Médio (SiEM), realizada na última semana. Os dois primeiros se dedicam exclusivamente a simulações de comitês das Nações Unidas, enquanto a SiEM propõe aos estudantes situações e desafios históricos. Para os estudantes, a maior atração é a possibilidade de poder reviver e entender fatos históricos, modificando seu curso durante as representações. Eles estudam o tema e se vestem de parlamentares ingleses, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), líderes políticos, religiosos e representantes de veículos de comunicação.
Um comentário:
Gosto dessas dinâmicas e os alunos também. Já acompanhei alunos por duas vezes no Fórum FAAP, mas gostaria mesmo é de participar do SiEm.
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