terça-feira, 21 de setembro de 2010
El País: "Lula se apodera da campanha"
Do TERRA:
Em matéria publicada nesta terça-feira (21), o jornal espanhol El País avalia que "Lula se apodera da campanha" de Dilma Rousseff (PT) à presidência da República. "Lula é, realmente, o protagonista desta campanha eleitoral e converte cada ato em uma clamorosa despedida", sintetiza o periódico. O jornal destaca a diferença no estilo do presidente e de sua candidata. "Os brasileiros adoram Lula, e Lula, o sindicalista que governou o País por oito anos com um êxito assombros, adora as massas. Para Dilma Rousseff, no entanto - uma economista de 62 anos, com antecedentes de guerrilheira leninista - é muito mais penoso aceitar as demonstrações de carinho ou reprimir o cansaço, mas tem boa voz e aprendeu a realizar bons comícios." No entanto, "por mais que se esforce, jamais consegue(atingir) a impressionante naturalidade do atual presidente". O jornal faz menção ao fato de Dilma ter sido "uma aposta pessoal de Lula" e que "o PT nem sequer considerou Dilma como a melhor candidata possível". Apesar ou justamente por isso, "Dilma foi aceita precisamente como uma solução 'neutra', pois ninguém suspeitava, nem mesmo remotamente, que tivesse aspirações semelhantes". Sobre a estratégia de camapanha, o texto avalia que "Lula tentou, primeiramente, apresentá-la como 'a mãe' dos brasileiros, mas (que) esse papel não cabe, definitivamente, a esta mulher enérgica. Agora, (Lula) insiste em apresentá-la como a pessoa junto à qual ele mesmo aprendeu a governar". O País completa avaliando que Dilma, uma vez eleita, terá o desafio de fazer frente "um problema muito sério, a corrupção que a rodeou durante os últimos anos na Casa Civil", em menção à onda de escândalos envolvendo pessoas ligadas à agora também ex-ministra Erenice Guerra.
Queda tucana e jogo sujo
O El País vem dedicando uma série de matérias sobre as eleições presidenciais que definirão a presidência brasileira para o período 2011-2014. Com a reportagem A surpreendente queda de José Serra, o foco recaiu sobre a campanha tucana, avaliada como "suave" e "totalmente errada". O jornal estimou então que o candidato do PSDB pode sofrer uma "derrota humilhante" nas urnas. Um pouco antes, o jornal pôs em questão o aparecimento de escândalos às vésperas das eleições. "Milhares de brasileiros sonhavam com uma campanha eleitoral sem sobressaltos e centrada nas propostas dos candidatos, mas mais uma vez o jogo sujo está eclipsando o debate político", dizia a reportagem.
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