Uma segunda nota a respeito do seminário em Campo Grande. Os relatos são vivos e claros sobre a necessidade de revisão do sistema de proteção e garantias de direitos das crianças e adolescentes no Brasil. O sistema é muito centralizado e burocrático. Ouvi um relato sobre uma criança que passou por vários espaços e instituições de triagem até ser atendida por uma assistente social. Trata-se de um erro grosseiro. É o sistema que tem que ir até a criança e não o contrário. Temos que descentralizar e criar postos com equipes multidisciplinares que visitem diariamente as famílias, como ocorre no Programa de Saúde da Família (se possíve, integrando as duas equipes). Temos que ter diagnósticos integrados da situação das famílias e comunidades para desenvolver uma ação preventiva. Como está, recriamos o velho e tradicional modelo burocrático, que tem dificuldades para servir.
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