quinta-feira, 15 de julho de 2010

O exemplo da Argentina


Primeiro veio o exemplo na Copa do Mundo: como se joga e como um técnico comanda. Agora, o Congresso da Argentina aprovou projeto que introduz no Código Civil do país a permissão para que homossexuais se casem. É o primeiro país latino-americano a permitir em lei a união entre pessoas do mesmo sexo. Os outros países são Holanda, Bélgica, Espanha, Canadá, África do Sul, Noruega, Suécia, Portugal, Islândia e EUA [apenas em cinco Estados].
É difícil entender como alguém pode acreditar que tal lei é uma afronta a qualquer moral. E fica ainda mais difícil acreditar que a Igreja Católica, que não tem a menor experiência em relação à administração familiar (ao menos no que consta oficialmente), tenta colocar a colher neste doce. Os conservadores argentinos chegaram ao absurdo de exigirem que as crianças tenham direito à ter um pai e uma mãe. Pior, numa faixa, escreviam pai-homem e mãe-mulher. Até onde se sabe, a lei não proibe o casal heterossexual. Li, em algum lugar, que este tipo de jogo de informação chama-se ideologia. Não na visão gramsciana, obviamente.

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