domingo, 22 de janeiro de 2012

Nova ofensiva contra o ENEM

Primeiro, artigo de Nilson José Machado na Folha de São Paulo. Nilson foi o criador técnico do ENEM. Matemático, cristão, um dos maiores conhecedores do conceito de inteligência múltipla no Brasil (conceito aplicado originalmente ao ENEM). Pessoa fantástica. Mas errou no artigo. Afirma que o ENEM não presta para seleções finas como o vestibular. Não tem qualquer fundamento tal argumentação. A tal seleção fina diz respeito ao que se denomina de avaliação classificatória. O ENEM está muito próximo da avaliação formativa, de outra natureza. E não há motivo algum para afirmar que a avaliação formativa não avalia. É mudança de paradigma.
Depois, veio o capítulo d´O Brado Retumbante.
Agora, o JN decidiu comparar o ENEM à FUVEST. Jogaram a USP (que se recusa a adotar o ENEM) contar o ENEM, mas se esqueceram de informar que a UFMG (uma das maiores federais do país) o adotou como seleção da primeira fase do vestibular.
Tenho duas hipóteses para explicar a ofensiva:
Hipótese 01: a velha reação da indústria do vestibular. Neste caso, uma reação ao ingresso de Mercadante no MEC, liderança petista muito mais agressiva e pesada que Haddad.
Hipótese 02: a candidatura de Fernando Haddad catapultou o tema da educação ao centro da disputa eleitoral deste ano.
Tenho dito!

2 comentários:

Halem Souza disse...

Concordo com as duas hipóteses, mas estou mais propenso a considerar a nº 1 com maior peso. "Vestibular" - sobretudo aquele mais exclusivista (e excludente) do tipo FUVEST - ainda está bem arraigado nos "corações e mentes" da sociedade, sobretudo nas classes mais favorecidas economicamente.

A mudança de paradigma de que você fala encontrará dificuldades para se estabelecer. Mas, felizmente, uma universidade grande como a UFMG adotou o ENEM, o que pode estimular essa mudança.

Um abraço.

Unknown disse...

Vídeo puro humor - música sobre cotas e ENEM da banda Caipiração.
Vale a pena conferir.
http://www.youtube.com/watch?v=QKb6Cdk_s3g