quarta-feira, 18 de maio de 2011

Matéria Jornal Nacional sobre educação na região sudeste


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4 comentários:

Ágora Bar disse...

Rudá leio seu blog já há algum tempo e por isso faço os seguintes comentários.

Sabedor das suas críticas a utilização do IDEB como “instrumento” para melhoria da qualidade da educação brasileira, a entrevista me causou estranhamento. Sua fala, logo após a “cabeça” da reportagem, pareceu corroborar com os critérios de avalição do IDEB acriticamente. Além disso, a exploração do bullying na grande mídia me parece mais sensacionalismo do que verdadeira preocupação com tema. Mas o mais divertido foi ver o Cláudio de Moura Castro deslocar seus conceitos: da meritocracia e da escola empresa para a exploração de novos conteúdos relacionados ao cotidiano, simples assim. Grande descoberta!

Rudá Ricci disse...

Não entendi sua crítica. Minha fala não cita em nada o IDEB. Eu digo que a) os professores não conseguem iniciar as aulas, tal a bagunça em sala de aula; b) que bullying sempre ocorreu, mas não neste nível de hoje. O que o JN não mostrou foi a longa entrevista que dei demonstrando como o tempo de convívio familiar vem caindo e os índices alarmantes de violência que os professores estão sendo submetidos (pais e alunos como autores). Não há nenhuma referência ao IDEB. Pelo contrário, se fizer uma relação indireta perceberá que eu estou desqualificando o IDEB, justamente porque ele não incorporar esses elementos na avaliação. Quanto ao Cláudio Moura Castro, esta é a linha que ele adota há anos.

Ágora Bar disse...

Sua fala não cita o IDEB mas, siceramente, a releção indereta de desqualificação ao IDEB fica enfraquecida já que a reportagem faz questão de ressaltar o uso do IDEB como critério de qualidade. Sei que você deve ter dito mais coisas, mas como a metéria foi editada, fiquei com essa impressã. Quanto ao Claudio, posso estar enganado, mas sempre achei que sua linha se voltasse para gestão empresarial das escolas e não para as questões curriculares e didáticas propriamente ditas. Sobre a violência nas escolas concordo plenamente com você. Tenho amigos professores e os relatos são realmente de assutar: violência, falta de estrutra, sobrecarga de trabalho...

Ps: Ágora Bar foi um blog que criei há tempos mas que não saiu do lugar. Só o estou usando para postar comentários.

Ana Carolina disse...

Rudá, acredito que a totalidade das matérias da Globo, sempre têm uma intenção, a gente sabe disso. Eles não procuram um fala para construir um conceito, eles procuram uma fala para ilustrar o conceito que querem apresentar. Assim, dentro desse limite, penso que os dois aspectos que vc conseguiu abordar forma relevantes. A balburdia, eu acredito, vem do fato de que antes a escola precisava uma espécie de preparação espiritual, vamos dizer assim. No meu tempo - no século passado - eheheh, a gente esperava na fila, conversando, entrava pelo corredor em silêncio, conduzido pela professora, o que já ia concentrando a gente meio na marra. Agora, a rua e a sala de aula não apresentam diferença. A moçada entra aos gritos, se atropelando, joga as mochilas nas classes de longe e "bora" conversar. O tumulto da rua entra junto. O professor nem sempre e quando entra, nem sempre faz esse momento se tornar especial. Se a reportagem da Globo fosse séria, teria te dado espaço para esse tipo de observação, ou outro. Enfim, não há solução para o descompasso em que vivemos hoje, tudo é processo.
bj
AC