segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Políticos de Santa Catarina sugerem "modelo Aécio" para distribuição de cargos


Uma última nota sobre Santa Catarina. Descontentes com os critérios de distribuição de cargos anunciados pelo governador eleito, Raimundo Colombo (DEM), as bancadas do PSDB e PMDB do Estado sugeriram o que denominaram "modelo Aécio": para cada indicação de técnico para o secretariado (supostamente não indicados pelos partidos aliados), os parlamentares receberiam "compensação" através de emendas parlamentares no orçamento estadual. O líder da bancada do PMDB afirmou publicamente que este modelo diminuiria "a fome or cargos entre partidos aliados".
Que tal?

Um comentário:

Emanuel Marra disse...

Caro Rudá,

tenho para mim que a suposta indicação de técnicos para a ocupação do primeiro escalão do governo é uma forma de escamotear o perfil político de uma determinada gestão.

Ora, em última instância, os técnicos são meios de implementação de decisões políticas. Eles são, em tese, um corpo intermediário entre os políticos e a sociedade, com a missão de fazer valer a vontade do povo; normalmente, através dos representantes eleitos. Por isso, esse "modelo Aécio" é falacioso, já que os técnicos não decidem, só implementam.

Essa idéia de preenchimento de cargos políticos com técnicos gera, na verdade, um enfraquecimento/empobrecimento da política. Basta ouvir Aécio ou Anastasia: a todo momento eles falam em decisões "naturais" ou escolhas para o "interesse de Minas"...

Resta eles explicarem o que seria natural na política ou que seriam "interesses de Minas" em um estado plural como o nosso... Os "técnicos", nesse caso, vêm como um tampão para questionamentos dessa natureza. É só para isso que eles servem nesse "modelo".