quarta-feira, 6 de maio de 2009

Gilmar Mendes, IDP e ministros do STF


Recebi a seguinte mensagem:
"Se alguém entrar no site do IDP, Instituto Brasiliense de Direito Público, que é de propriedade do Ministro Gilmar Mendes, vai constatar que entre os professores desse instituto estão os senhores Eros Roberto Grau, Marco Aurélio Mello, Carlos Ayres Britto, Carlos Alberto Menezes Direito, César Peluzo e a senhora Cármen Lúcia Antunes Rocha . Ou seja, seis Ministros do STF TRABALHAM para Gilmar Mendes. Daquela lista que assinou o documento de apoio ao presidente do STF, seis ministros na verdade estavam dando apoio AO PATRÃO, pois são obviamente remunerados por este ! E o problema é muito pior. Pode um STF funcionar de forma imparcial se o seu presidente tem vínculos empregatícios com seis de seus membros?"

Fui até o site deste Instituto (http://www.idp.edu.br/) e na página referente aos professores orientadores (http://www.idp.edu.br/web/idp/content/view/id/67) aparecem, realmente, Eros Grau, Carlos Ayres e o próprio Gilmar Mendes. Na página sobre o corpo docente (http://www.idp.edu.br/web/idp/content/index/id/71) aparecem realmente todos ministros citados na mensagem que recebi. Finalmente, o ministro Gilmar Mendes aparece como fundador da instituição (http://www.idp.edu.br/web/idp/content/view/id/365), que foi fundada em 1998.

Pois bem: no site wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Gilmar_Mendes), finalmente, encontramos a seguinte informação:

"Empresário de sucesso, Gilmar Mendes fundou, em 1998, juntamente com o Procurador Regional da República Gustavo Gonet Branco e com o advogado Inocêncio Mártires Coelho, o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), uma escola privada que oferece cursos de graduação e pós-graduação em Brasília. Desde 2003, conforme consta das informações do "Portal da Transparência" da Controladoria Geral da União, esse Instituto faturou cerca de R$ 1,6 milhões em convênios com a União. De seus dez colegas no STF, seis são professores desse Instituto, além de outras figuras importantes nos poderes executivo e judiciário. O Instituto se localiza em terreno adquirido com 80% de desconto no seu valor graças a um programa do Distrito Federal de incentivo ao desenvolvimento do setor produtivo. O subsecretário do programa, Endels Rego, não sabe explicar como o IDP foi enquadrado no programa. O belíssimo prédio do Instituto foi erguido graças a um empréstimo conseguido junto ao Fundo Constitucional do Centro Oeste (FCO), gerido pelo Banco do Brasil, cuja prioridade de investimento é o meio rural. Entre os seus maiores clientes estão a União, o STJ e o Congresso Nacional. O ministro confirma que é sócio do IDP e garante que não há nenhum impedimento para isso. "A Lei da Magistratura permite isso expressamente. Não há dúvida".

3 comentários:

AngelMira disse...

Se não confiamos no Judiciário, a sociedade está perdida...

Unknown disse...

deus nos ajude

Unknown disse...

Hoje os caminhos e nomes não constam mais no site do idp. Alguém poderia confirmar se o vínclulo ainda existe?