
Ontem e hoje participei dei duas palestras discutindo os desafios de movimentos sociais e lutal por direitos no Brasil. Criei uma periodização para facilitar a exposição (com todos os riscos de sínteses e generalizações):
1) 1974-1985: Revisão de parte da esquerda ex-guerrilheira e deliberação para trabalho de organização e politização das bases sociais. Ampliação do trabalho organizativo dos agentes pastorais vinculados à Teologia da Libertação. Aproximação dessas duas correntes que cria um paradoxal ideário: democracia direta, anti-institucionalismo, anticapitalismo, ampliação dos locais do fazer política (para os bairros e locais de trabalho);
2) 1985-1993: Era dos Movimentos Sociais brasileiros. Crise de identidade das pastorais sociais (assessoria ou organização autônoma?). Hegemonia do ideário anti-institucionalista e início de seus dilemas, com introdução do conceito de participacionismo na constituição de 88 e eleição de suas lideranças sociais.
3) 1993-2002: Inflexão e aumento do poder, no interior das organizações sindicais e partidos de esquerda (incluindo o PT) do centralismo. Volta do ideário da CGT (no interior da CUT) e Partidão (no interior do PT).
4) 2002-2009: Ascensão do lulismo. Fragmentação temática e subordinação de parte dos movimentos sociais, ongs e pastorais sociais à lógica da burocracia estatal. Alguns movimentos sociais se transformam em organização. Governo Lula inicia conclusão da modernização conservadora iniciada por Vargas.
Parece interessante essa periodização. Mas falta alguma conclusão dessa síntese. Como não estive lá e me interesso pelo temos pergunto;Poderia disponibilizar a palestra?
ResponderExcluirgrato
André